sábado, 28 de julho de 2012

Até que ponto o tradicionalismo é ineficaz?



O tradicionalismo educacional é uma herança que atravessa os séculos, até os dias de hoje, porém de uma maneira reformulada. Na Pedagogia tradicional ensinar é uma atividade centrada no professor que expõe e interpreta a matéria. Porém, hoje esta interpretação está vinculada com a participação dos alunos na sala de aula. Essas mudanças foram ocorrendo, transformando e aprimorando o convívio entre aluno e professor.
A Pedagogia Tradicional é regida por regras que regulam o ensino, tendo como meio principal a palavra. Os alunos são condicionados pelos exercícios repetitivos que tem como objetivo a reprodução, ou seja, uma gravação daquilo que esta sendo dito.
Não há vinculo com a realidade social, pois não se trabalha para viver na atualidade. A aprendizagem é automática, receptiva, não mobilizando a atividade mental.
Os conhecimentos se tornam sem valor, inúteis a formação das capacidades intelectuais e para a compreensão critica da realidade.
Mas, hoje o tradicionalismo inserido com outros métodos didáticos, apresenta uma base significativa no processo de ensino-aprendizagem.
O professor ao invés de ser o centro, o soberano... torna-se um facilitador e mediador que através da participação dos alunos, faz com que o grupo seja o construtor da aula. O meio principal é a palavra, a palavra de todos, alunos e professor.
A vida como o ensino possui regras, regras que hoje são flexíveis, que atendam as situações de cada um. O conhecimento está vinculado com a atualidade e o meio social.
Essas transformações e adaptações são possíveis para aqueles que enxergam as presentes modificações, que vivemos em nossas vidas.
O tradicionalismo é à base de um método didático que se aprimora com as novidades e com o desenvolvimento. Não podemos desvincular a educação de sua base, porém a formulação e inevitável para lidar com os desafios do futuro.
O educador do futuro tem como objetivo, engajar o melhor das teorias para ser um grande mestre na sala de aula. Esse é o papel de quem não para de estudar e que nunca deixa de aprender.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

História da Educação à Distância


Atualmente não é difícil perceber as mudanças no mundo, principalmente, quando se diz respeito à aprendizagem. Nesse sentido, a sociedade vigente, denominada de sociedade do conhecimento exige cada vez mais indivíduos globalizados.
Observou-se a partir de Moran (2000) que a EaD é o processo de ensino e aprendizagem mediado por tecnologias, no qual professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.
No entanto, quando resgatamos o processo histórico da Educação a Distancia, nota-se que nem sempre esta modalidade de ensino foi assim. A primeira geração inicia com o estudo por correspondência por meio de materiais impressos, e depois, surgem o rádio e a televisão. A segunda geração utiliza materiais impressos, recorrendo a transmissões por televisão aberta, rádio, fitas e outras tecnologias. A terceira geração é baseada nas redes de computadores, videoconferências, estações de trabalho multimídia e o uso da internet. A quarta utiliza meios de comunicação: correio eletrônico, chat, computador, internet em banda larga, interação por vídeo e ao vivo, videoconferência, fax, papel impresso (SHERRON & BOETTCHER, 1977, p.41).
Como podemos perceber, os estudos por meio da EAD ampliaram as possibilidades de todos terem uma formação com ênfase nas subjetividades humanas.
Essa ampliação só foi possível devido ao desenvolvimento de tecnologias, que segundo Pimentel (2009), essas ferramentas estimulam a pesquisa, pois quando o aluno é sujeito construtor e o professor mediador, gera-se uma relação qualitativa pedagogicamente, o que ocasiona uma maior facilidade no processo de aprendizagem, ou seja, de posse das ferramentas o aluno acessa as diversas informações encontradas na internet, aguçando e desenvolvendo, assim, a sua criticidade.
            Desta forma, Pimentel (2009) explica os vários desafios que os educadores encontram nesta questão da inclusão digital, que precisa fazer parte da formação contínua de cada sujeito aprendente.
Sendo assim, Almeida e Prado (2005) afirmam, que as mudanças dos ambientes educativos com a presença de artefatos tecnologicos e linguagens próximas do universo de interesses do aluno porprocionam o acesso a uma gama diversa de manifestação de ideias, que permitem a expressão do pensamento imagético e criam melhores condicões para a aprendizagem e o desenvolvimento do ser humano e da civilização, o que significa dizer que professores e gestores precisam tomarem conciência de que o uso de tecnologias são essenciais para atender as constantes mudanças da sociedade atual.
E que a educação a distância é um processo de ensino-aprendizagem que abrange todos os contextos supracitados anteriormente.


Referências Bibliográficas

MOURÃO, Marisa Pinheiro; ARRUDA, Eucidio Pimenta; MIRANDA, Hélio Carlos de. Introdução a Educação a Distância: Educação Especial e Atendimento Educacional Especializado. Minas Gerais: Universidade Federal de Uberlândia, 2010.

PIMENTEL, Fernando Silvio Cavalcante. Formação de Professores e Novas Tecnologias: possibilidades e desafios da utilização de webquest e webfólio na formação continuada. Portaledu, 2009. Disponível em: < www.ensino.eb.br/portaledu/conteudo/artigo7780.pdf -> Acessado em: 30 set. 2011.
ALMEIDA. Maria Elizabeth Bianconcini de; PRADO. Maria Elizabette Brisola Brito. Integração tecnológica, linguagem e representação. In: Ministério da Educação. Integração de tecnologias, linguagens e representações. Boletim 05, mai.2005.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Algumas considerações sobre ciências naturais e ciências humanas


Para Da Matta (1987), a ciência natural é um conjunto de fatos que se repetem e tem uma constância, verdadeiramente sistemática. Isso porque podem ser vistos, isolados e também reproduzidos dentro de condições de controle num laboratório. No decorrer de sua obra, o autor explica que na ciência natural o objeto não dialoga com o pesquisador e tampouco possui a mesma natureza. Por ser objetiva, a ciência é mais sincrônica, ou seja, baseia-se no presente (no momento atual).
Na Ciência social, Da Matta afirma que são eventos com determinações complicadas que podem ocorrer nos diversos ambiente, possibilitando uma possível mudança em seu significado. A ciência social é construída nas relações existentes num dado momento, e, ainda, com a sua posição numa cadeia de eventos anteriores e posteriores, o que a torna mais diacrônica.
O autor Nagel busca evidenciar a legitimidade da história, no que diz respeito ao conhecimento cientifico. Para isso, o autor durante o texto contextualiza as conexões entre ciências naturais e historia. Nagel afirma que as duas ciências são passiveis de explicações cientificas o que inclui numerosas leis, afirmações singulares de condição iniciais entre outros processos.
Ao contrário de Hempel, Nagel é mais claro ao teorizar a história como conhecimento científico. O autor contrapõe a ideia de que paixões e julgamentos podem interferir na objetividade do elemento pesquisado. Nagel defende a impessoalidade dentro do contexto investigativo, como também, explica que a historia é seletiva no seu ponto de partida e nas suas conclusões. Nenhuma investigação ocorre num vácuo intelectual. A cultura, condição social são elementos relevantes na historia, cabe ao pesquisador não ser tendencioso em suas análises. 

terça-feira, 10 de julho de 2012

A ESCOLA QUE TEMOS E A ESCOLA QUE QUEREMOS


A escola é uma instituição que tem como um dos objetivos a formação do intelecto humano. Segundo a Lei de Diretrizes Bases (LBD), a educação é um direito e um dever de todos. A escola é um dos elementos que proporciona o cumprimento desta lei.
“A lei assegura que a escola deve ser democrática, isto é, obrigatória e gratuita, no qual, o ensino fundamental é obrigatório”. Essas conquistas educacionais foram adquiridas através de várias lutas que desencadearam debates e discussões que proporcionaram um ponto de partida igual para todos. Contudo essa é a escola que nós temos, mas não é a escola que queremos. Pois, a escola que queremos está no papel, convencionadas nas constituições brasileiras, no âmbito da lei.
Isso porque na prática a educação não passa de artigos, parágrafos e etc. A deficiência educacional se encontra presente na realidade do cotidiano da escola de hoje. A igualdade, assim como, a gratuidade são elementos que fazem parte de uma mentira constitucional, no qual, não esta inserida na vida escolar dos alunos que precisam pagar o material escolar, os uniformes e outros. A igualdade é uma farsa moral que esta escancarada diariamente em nossos olhos, e infelizmente, não se faz nada para mudar essas condições precárias.
As escolas com melhores infraestruturas estão localizadas nos bairros de classe média e alta, como também os melhores professores e o material didático abundante e de boa qualidade. Nas escolas localizadas nas periferias, a infraestrutura é deficiente e os professores são sobrecarregados e insatisfeitos, o material didático inadequado e insuficiente, as turmas superlotadas e os alunos têm menos tempo de aula.
O reflexo da escola que nós temos, é decadente e preocupante devido à má formação que se está proporcionando aos alunos menos favorecido. A escola que queremos não é utópica, pois há possibilidade de se conquistar qualidade, igualdade e eficiência. Com lutas e reivindicações de uma escola politizada e ativa, no que diz respeito ao cumprimento da lei.
A escola que queremos é a escola libertadora e formadora não apenas de cidadãos, mas também, de seres pensantes. Ela é estruturada e equipada, realista e condizente com o cotidiano do aluno.
A escola que queremos esta distante de nossa realidade, mas, os primeiros passos já foram dados, agora é preciso persistir e enfrentar as dificuldades para alcançar o sucesso educacional.

sábado, 7 de julho de 2012

A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA EDUCAÇÃO


O conhecimento advindo da psicologia é de grande importância para as ações que norteiam o processo educativo. Isso porque, a psicologia irá ter como principal objeto de análise o ser humano. E por tem um objeto tão dinâmico (o ser humano), as teorias psicológicas abordaram várias vertentes inerentes à natureza humana. A psicologia do desenvolvimento, por exemplo, evidencia as etapas/fases biológicas universais a todo ser humano, e como no decorrer dessas fases, o ambiente interage com as transformações físicas.
Nesse contexto, pode-se afirmar que as complexas interações biológicas, psicológicas e culturais são imprescindíveis para compreender as várias facetas da condição humana. Por oferecer os subsídios necessários para esse entendimento, a psicologia se relaciona dialeticamente com a educação, tendo em vista, que o homem objeto desta ciência e o mesmo da educação, entretanto, em outra vertente de análise – a do sujeito em aprendizagem. 
Essa perspectiva interacional (psicologia e educação) e visualizada a partir das teorias de Piaget, Wallon e Vygotsky e de outros que afirmam que o processo educativo quando, voltado para o cognitivo evolutivo, contribui para o desenvolvimento das capacidades cognitivas (capacidade de generalizar, de recordar, raciocinar, formar conceitos, etc).

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A IMPORTÂNCIA DO CONSELHO ESCOLAR NO PROCESSO EDUCACIONAL


O processo de ensino aprendizagem é o principal foco do Conselho Escolar, o que significa que a função do Conselho não está mais restringida a uma mera idéia de fiscalização. Os atores precisam participar das situações pertencentes à escola e atuar no sentido de sanar os problemas para promover maior qualidade em todos os segmentos inerentes ao contexto escolar.
            O respeito às diferenças assim como meios de gerar uma relativização a essas diferenças é algo muito ligado ao Conselho Escolar, por isso, é importante o conhecimento de todo o trabalho que se desenvolve na escola.
            Uma ação transformadora e emancipadora ocorrem a partir do dialogo, da construção coletiva do conhecimento. Partindo desta ideia de democratização participativa, o coletivo poderá diagnosticar, planejar e agir focando nos seguintes pontos:
  • O ambiente educativo, incluído respeito, solidariedade e a disciplina na escola;
  • A proposta pedagógica: o planejamento, a autonomia dos professores e os trabalhos em sala de aula;
  • Os processos de avaliação;
  • As formas de gestão, considerando compartilhamento de decisões com professores, funcionários, pais e alunos;
  • A formação e as condições de trabalho dos profissionais da escola;
  • O ambiente físico escolar, incluindo materiais, equipamentos e instalações;
  • As condições de acesso e os índices de sucesso permanentes na escola.
            Todas essas dimensões são realidades que devem ser discutidas através do conselho, pois o que legitima uma ação emancipadora e democrática é a participação de todos que fazem o processo educacional.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PROCESSO EDUCATIVO


O estudo da paisagem local aborda as várias formas de manifestações do meio ambiente e consequentemente, constrói uma compreensão ampla das relações entre sociedade e natureza. Para se estabelecer referências da paisagem local, a aquisição de conhecimentos, a atitude para resolver os problemas e a clarificação de valores, são competências que fundamenta uma visão crítica do espaço geográfico.
A ação humana expressa as transformações que o espaço sofre por causa de atividades econômicas, hábitos culturais ou questões políticas, vivenciadas de diferentes maneiras no próprio meio, ocasionando os problemas planetários que afetam a todos. Os problemas mais evidenciados neste século são entre eles as conseqüências do aquecimento global, o aumento do buraco na camada de ozônio, o desmatamento da Amazônia, as armas nucleares, o desaparecimento de culturas milenares e etc.
Conhecer tais problemáticas e compreender a essência de sua causa são abordagens que precisam de transformações para desencadear soluções, no qual, exerça ações sociais e educacionais que promovam uma ruptura da passividade humana, gerando a coletividade e a plenitude do exercício da cidadania.

Estamos comprometidos, na escala da humanidade planetária, na obra essencial da vida, que é resistir à morte. Civilizar e solidarizar a Terra, transformar a espécie humana em verdadeira humanidade. A consciência de nossa humanidade nesta era planetária deveria conduzir-nos a solidariedade e à comiseração recíproca, de individuo para individuo, de todos para todos. A educação do futuro devera ensinar à ética da compreensão planetária. (MORIN 2004: p.78).


Segundo Morin (2004), a educação do futuro se baseia em saberes que irão guiar as mudanças necessárias para sobrevivência das espécies vivas deste planeta. O autor, em sua literatura ressalta os novos perigos que a humanidade traz como herança. “O primeiro é o da possibilidade de extinção global de toda a humanidade pelas armas nucleares”. (op. cit. 2004). A outra ameaça é a preocupação central deste trabalho, pois ele fundamenta-se na harmonia entre a sociedade e a natureza.

O segundo é a possibilidade de morte ecológica. Desde os anos 70, descobrimos que os dejetos, as emanações, as exalações de nosso desenvolvimento técnico-industrial urbano degradam a biosfera e ameaçam envenenar irremediavelmente o meio vivo ao qual pertencemos: a dominação desenfreada da natureza pela técnica conduz a humanidade ao suicídio. (MORIN, 2004: p-71).


Perante aos perigos que rodeiam o futuro não apenas da humanidade, mais também, do planeta, “a questão ambiental – conjunto de temáticas relativas não só à proteção da vida no planeta, mas também à melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida das comunidades” (PCN, 1997). É especificamente, um contexto pertencente a um processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano, que prioriza o bem estar ambiental. Este processo é chamado de Educação Ambiental. “Por “ambiente” entende-se não apenas o entorno físico, mas também os aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos inter-relacionados”.  (RODRIGUES; RODRIGUES, 2001).

 Claro que a educação ambiental por si só não resolverá os complexos problemas ambientais planetários. No entanto ela pode influir decisivamente para isso, quando forma cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres. Tendo consciência e conhecimento da problemática global e atuando na sua comunidade, haverá uma mudança no sistema, que se não é de resultados imediatos, visíveis, também não será sem efeitos concretos. (REIGOTA, 2004: p-12)