Katherine Watson (Julia Roberts) é uma
jovem professora de história da arte contratada por uma tradicional escola
preparatória de jovens mulheres para ingressar em universidades. O Wellesley
College realiza uma prática tradicional no ensino de 3° Grau nos Estados Unidos
ao preparar de uma forma geral e ampla seus alunos para as escolhas
profissionais especializadas que seguirão nas universidades. Há vários cursos
oferecidos e os estudantes têm a opção de escolher aqueles que mais lhes agradam
e se relacionam com as profissões que pretendem exercer no futuro.
Watson
entra na instituição motivada pela possibilidade de fazer com que suas
estudantes estejam bem preparadas não apenas para os futuros cursos
universitários pelos quais irão optar, mas também para o exercício de cidadania
e igualdade de oportunidades que deve imperar na sociedade americana. Ela mesma
se sente parte da realização desses sonhos. É independente, não se casou (o que
motiva comentários maldosos ao longo de sua estadia no Wellesley College), se
sente profissionalmente estimulada a cada novo desafio proposto a ela,...
O
que ela não imaginava era que iria encontrar em suas alunas o sonho conformista
de um casamento feliz sem qualquer perspectiva profissional ou mesmo de aprofundamento
nos estudos. Desafiada pelas estudantes em virtude de sua juventude, a
professora de história da arte tem que comprovar sua qualidade profissional a
cada nova aula, entretanto a despeito de sua luta particular, sente que seus
esforços não redundarão num compromisso de superação da submissão das jovens a
sociedade marcadamente machista em que vivem.
Ao
invés da perspectiva de uma vida de realizações pessoais e profissionais
conciliada com um casamento equilibrado, as moças parecem mais dispostas a servir
de suporte para o sucesso de seus maridos e se conformar com o conforto
material e a prosperidade financeira obtida pelos mesmos. O sonho da maioria
delas é ter uma casa equipada com as novidades mais recentes em
eletrodomésticos e uma festa de casamento celebrando socialmente uma união
feliz e eterna (mesmo que isso signifique aceitar traições e ter que continuar
sorrindo e fingindo desconhecimento de causa).“O
Sorriso de Mona Lisa” é instigante por nos mostrar o cinismo e a hipocrisia que
reinavam em muitos lares americanos onde as mulheres eram passadas para trás e
nem ao menos podiam correr atrás de suas realizações pessoais e profissionais.
Parece mais com “Beleza Americana” com algumas pitadas do sonho de “Sociedade
dos Poetas Mortos” percebidas na professora Katherine Watson. Ainda bem que as
mulheres conseguiram superar tudo isso... Ou não?
RESENHA DO FILME: “O SORRISO DE MONALISA”
O Sorriso
de Mona Lisa evidencia uma época onde a mulher com o advento da modernidade,
tinha a impressão de ser livre dentro do contexto norte americano. O cigarro,
os eletrodomésticos e outros produtos produzidos na época, davam as mulheres
uma sensação de valorização, até mesmo de bem estar social.
No entanto, o que observamos durante
o transcorrer do filme, é uma escola preparatória que tinha por finalidade
produzir mulheres agradáveis para seus maridos.
A professora representava oposto
daquele mundo, a frente do seu tempo como afirma Machado, Katherine
Watson simbolizava uma mulher livre, com pensamentos inovadores, com vontades e
opiniões.
Com essas características, a
professora propõe uma educação libertadora e entra em conflito com a sociedade
local. Sem dúvida, o filme retrata a importância da conquista de autonomia e a
quebra de regras sociais pré-estabelecidas.
REFERÊNCIAS:
MACHADO, João Luís de Almeida. O Sorriso de Mona
Lisa: Pela emancipação feminina.
Disponível em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=266>.
Acessado em: 21 out. 2011.
Imagens 01 –
Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-40141/fotos/detalhe/?cmediafile=19873518>.
Acessado em: 25 mai. 2012.
Imagem 02 – Disponível
em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-40141/fotos/detalhe/?cmediafile=18369205>.
Acessado em: 25 mai. 2012.
Imagem 03 –
Disponível em: <themidnightflower.blogspot.com.br/2008/12/no-fao-o-tipo-supermulher.html
>. Acessado em: 25 mai. 2012.
ótimo filme... Obrigado pela dica
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