Como estamos perto do final de semana,
o nosso blog, todas as sextas-feiras irá sugerir um filme para que você leitor
possa assistir, não apenas na intenção de entretenimento, mais sim como forma
de aprendizagem.
Como afirma, Carlos
Adriano Martins (2006, p. 04), em seu texto:
O
cinema é dotado de uma linguagem pluralista. Por meio de cenas que tratam de
situações da vida, permite a discussão de temas diversos sem desvinculá-los da
realidade do educando. Isso pode ser de grande importância para um tratamento
coerente com os novos paradigmas que se tem buscado na educação e também
permitir enxergar o sujeito que constrói o conhecimento do ponto de vista
social. O cinema também é detentor de uma linguagem multicultural, pois levanta
discussões por meio de cenas polêmicas que refletem os problemas vivenciados
pelos espectadores.
Desta forma, quero convidar a todos a assistir “Meu Nome é Rádio”. Um ótimo filme baseado em fatos reais. Para que vocês possam ter uma ideia central sobre o filme, estou disponibilizando uma resenha crítica sobre o mesmo. Aqueles que não gostam de saber do enredo sem antes ter assistido, leiam a resenha após visualização do filme.
Que todas tenham um ótimo
final de semana!
RESENHA DO FILME: “MEU NOME É RÁDIO”
Autor: RAFAEL
DE FARIAS FERREIRA
O autor Machado, comenta que há filmes
que ficam escondidos nas prateleiras das locadoras ou na programação dos canais
de televisão em virtude de seus títulos pouco convidativos. Esse é, por
exemplo, o caso desse filme de título pouco usual, “Meu Nome é Radio”,
estrelado por Cuba Gooding Jr., Ed Harris e Debra Winger.
Meu Nome é Rádio, um roteiro baseado
em pessoas e como elas podem ajudar-se mutuamente. Todos têm algo a aprender uma com
as outras. O diretor Michael Tollin conta a história verídica de um treinador
de um time de futebol que passa a ser o tutor de um jovem negro e com
deficiência mental, fazendo este se tornar um homem corajoso, o ensinando a nunca
desistir de seus sonhos.
O filme acontece na década de 70, no
interior dos Estados Unidos, o treinador Harold Jones (Ed Harris) após flagrar
seus jogadores maltratando Rádio (Cuba Gooding Jr.) resolve trazê-lo para
acompanhar os treinos e a participar do dia a dia da escola T. L. Hanna High
School.
O treinador supera vários obstáculos
no filme para que Rádio não fique desamparado. Harold por várias vezes, vai "bater de frente" com a diretora da escola
e com o ministério público.
Por ser tratar de um colégio estadual, um dos pais dos alunos pede o afastamento do jovem negro, pois supõe ser ele um causador de
problemas. No entanto o treinador se mantém firme e determinado a ajudar Rádio.
Ensina-o a ler, escrever, a se comunicar e a rotina dos treinos, o tornando-o
monitor das turmas.
Harold Jones
revela a sua filha em dado momento do filme que durante dois anos entregava
jornais e teve a oportunidade de ajudar um garoto, mas não o fez e justifica a
filha o porquê de estar ajudando agora Rádio.
No
natal Rádio ganha vários presentes, e passa a ser admirado por todos na cidade,
exceto por o pai de um dos jogadores que pede a saída de Rádio do time ( o mesmo que quer tirá-lo da esola). Uma das
cenas mais emocionantes ocorre quando Ed (Harold) entra na barbearia e diz por mais que
ame o Futebol, deixaria de ser treinador para continuar a educar o jovem.
Rádio se forma junto com o 3º ano, e,
é o orgulho do treinador, um homem que emociona a todos por ter provado que as
melhores vitórias do mundo acontecem na vida real. Precisou abrir mão de algo
que amava para ser solidário a uma pessoa que nem conhecia.
ANÁLISE DO FILME
O filme revela as dificuldades de
incluir uma pessoa portadora de necessidades especiais no contexto social.
Tomando como base o texto de Santos (2011), observa-se que o filme retrata um
período que os portadores de necessidades especiais eram ignorados,
ou que caracterizava a segregação e exclusão destes indivíduos.
Diante desse contexto, o filme
mostra como o papel de inclusão é extremamente difícil dentro de uma sociedade
capitalista preconceituosa. Além disso, evidencia um período que as escolas
rejeitavam alunos especiais.
Apesar das dificuldades, nota-se no
percorrer do filme como “rádio” consegue desenvolve-se a partir do contato com
as pessoas.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
SANTOS, Monica Pereira dos. Educação e Psicopedagogia: Rumo à
Inclusão. Fundação Francisco Mascarenhas e Faculdade de Patos, 2011.
MACHADO, João Luís de Almeida. Meu Nome é Rádio Lições de
Solidariedade e Amizade. Disponível em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=262>
Acessado em: 21 out. 2011.
Martins, C. (2006).
Linguagens Audiovisuais na Escola: O Cinema na Construção de uma Educação do
Olhar. Saber Académico, 1, 1-3. Recuperado em 2008, Dezembro 30, de http://www.uniesp.edu.br/revista1/publi-art2.php?codigo=90
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