sexta-feira, 18 de maio de 2012

"Meu Nome é Rádio"


Como estamos perto do final de semana, o nosso blog, todas as sextas-feiras irá sugerir um filme para que você leitor possa assistir, não apenas na intenção de entretenimento, mais sim como forma de aprendizagem.
Como afirma, Carlos Adriano Martins (2006, p. 04), em seu texto: 
O cinema é dotado de uma linguagem pluralista. Por meio de cenas que tratam de situações da vida, permite a discussão de temas diversos sem desvinculá-los da realidade do educando. Isso pode ser de grande importância para um tratamento coerente com os novos paradigmas que se tem buscado na educação e também permitir enxergar o sujeito que constrói o conhecimento do ponto de vista social. O cinema também é detentor de uma linguagem multicultural, pois levanta discussões por meio de cenas polêmicas que refletem os problemas vivenciados pelos espectadores.

Desta forma, quero convidar a todos a assistir “Meu Nome é Rádio”. Um ótimo filme baseado em fatos reais. Para que vocês possam ter uma ideia central sobre o filme, estou disponibilizando uma resenha crítica sobre o mesmo. Aqueles que não gostam de saber do enredo sem antes ter assistido, leiam a resenha após visualização do filme.
Que todas tenham um ótimo final de semana!


 RESENHA DO FILME: “MEU NOME É RÁDIO”

Autor: RAFAEL DE FARIAS FERREIRA

O autor Machado, comenta que há filmes que ficam escondidos nas prateleiras das locadoras ou na programação dos canais de televisão em virtude de seus títulos pouco convidativos. Esse é, por exemplo, o caso desse filme de título pouco usual, “Meu Nome é Radio”, estrelado por Cuba Gooding Jr., Ed Harris e Debra Winger.
            Meu Nome é Rádio, um roteiro baseado em pessoas e como elas podem ajudar-se mutuamente. Todos têm algo a aprender uma com as outras. O diretor Michael Tollin conta a história verídica de um treinador de um time de futebol que passa a ser o tutor de um jovem negro e com deficiência mental, fazendo este se tornar um homem corajoso, o ensinando a nunca desistir de seus sonhos.
            O filme acontece na década de 70, no interior dos Estados Unidos, o treinador Harold Jones (Ed Harris) após flagrar seus jogadores maltratando Rádio (Cuba Gooding Jr.) resolve trazê-lo para acompanhar os treinos e a participar do dia a dia da escola T. L. Hanna High School.
            O treinador supera vários obstáculos no filme para que Rádio não fique desamparado. Harold por várias vezes, vai "bater de frente" com a diretora da escola e com o ministério público. 
Por ser tratar de um colégio estadual, um dos pais dos alunos pede o afastamento do jovem negro, pois supõe ser ele um causador de problemas. No entanto o treinador se mantém firme e determinado a ajudar Rádio. Ensina-o a ler, escrever, a se comunicar e a rotina dos treinos, o tornando-o monitor das turmas.
 Harold Jones revela a sua filha em dado momento do filme que durante dois anos entregava jornais e teve a oportunidade de ajudar um garoto, mas não o fez e justifica a filha o porquê de estar ajudando agora Rádio.
 No natal Rádio ganha vários presentes, e passa a ser admirado por todos na cidade, exceto por o pai de um dos jogadores que pede a saída de Rádio do time ( o mesmo que quer tirá-lo da esola). Uma das cenas mais emocionantes ocorre quando Ed (Harold) entra na barbearia e diz por mais que ame o Futebol, deixaria de ser treinador para continuar a educar o jovem.
            Rádio se forma junto com o 3º ano, e, é o orgulho do treinador, um homem que emociona a todos por ter provado que as melhores vitórias do mundo acontecem na vida real. Precisou abrir mão de algo que amava para ser solidário a uma pessoa que nem conhecia.
           
ANÁLISE DO FILME

            O filme revela as dificuldades de incluir uma pessoa portadora de necessidades especiais no contexto social. Tomando como base o texto de Santos (2011), observa-se que o filme retrata um período que os portadores de necessidades especiais eram ignorados, ou que caracterizava a segregação e exclusão destes indivíduos.
            Diante desse contexto, o filme mostra como o papel de inclusão é extremamente difícil dentro de uma sociedade capitalista preconceituosa. Além disso, evidencia um período que as escolas rejeitavam alunos especiais.
            Apesar das dificuldades, nota-se no percorrer do filme como “rádio” consegue desenvolve-se a partir do contato com as pessoas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SANTOS, Monica Pereira dos. Educação e Psicopedagogia: Rumo à Inclusão. Fundação Francisco Mascarenhas e Faculdade de Patos, 2011.

MACHADO, João Luís de Almeida. Meu Nome é Rádio Lições de Solidariedade e Amizade. Disponível em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=262> Acessado em: 21 out. 2011.

 Martins, C. (2006). Linguagens Audiovisuais na Escola: O Cinema na Construção de uma Educação do Olhar. Saber Académico, 1, 1-3. Recuperado em 2008, Dezembro 30, de http://www.uniesp.edu.br/revista1/publi-art2.php?codigo=90

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