O estudo da paisagem local
aborda as várias formas de manifestações do meio ambiente e consequentemente,
constrói uma compreensão ampla das relações entre sociedade e natureza. Para se
estabelecer referências da paisagem local, a aquisição de conhecimentos, a
atitude para resolver os problemas e a clarificação de valores, são
competências que fundamenta uma visão crítica do espaço geográfico.
A ação humana expressa as
transformações que o espaço sofre por causa de atividades econômicas, hábitos
culturais ou questões políticas, vivenciadas de diferentes maneiras no próprio
meio, ocasionando os problemas planetários que afetam a todos. Os problemas
mais evidenciados neste século são entre eles as conseqüências do aquecimento
global, o aumento do buraco na camada de ozônio, o desmatamento da Amazônia, as
armas nucleares, o desaparecimento de culturas milenares e etc.
Conhecer tais
problemáticas e compreender a essência de sua causa são abordagens que precisam
de transformações para desencadear soluções, no qual, exerça ações sociais e
educacionais que promovam uma ruptura da passividade humana, gerando a
coletividade e a plenitude do exercício da cidadania.
Estamos
comprometidos, na escala da humanidade planetária, na obra essencial da vida,
que é resistir à morte. Civilizar e solidarizar a Terra, transformar a espécie
humana em verdadeira humanidade. A consciência de nossa humanidade nesta era
planetária deveria conduzir-nos a solidariedade e à comiseração recíproca, de
individuo para individuo, de todos para todos. A educação do futuro devera
ensinar à ética da compreensão planetária. (MORIN 2004: p.78).
Segundo Morin (2004), a
educação do futuro se baseia em saberes que irão guiar as mudanças necessárias
para sobrevivência das espécies vivas deste planeta. O autor, em sua literatura
ressalta os novos perigos que a humanidade traz como herança. “O primeiro é o da possibilidade de extinção
global de toda a humanidade pelas armas nucleares”. (op. cit. 2004). A
outra ameaça é a preocupação central deste trabalho, pois ele fundamenta-se na
harmonia entre a sociedade e a natureza.
O
segundo é a possibilidade de morte ecológica. Desde os anos 70, descobrimos que
os dejetos, as emanações, as exalações de nosso desenvolvimento
técnico-industrial urbano degradam a biosfera e ameaçam envenenar
irremediavelmente o meio vivo ao qual pertencemos: a dominação desenfreada da
natureza pela técnica conduz a humanidade ao suicídio. (MORIN, 2004: p-71).
Perante aos perigos que
rodeiam o futuro não apenas da humanidade, mais também, do planeta, “a questão ambiental – conjunto de temáticas
relativas não só à proteção da vida no planeta, mas também à melhoria do meio
ambiente e da qualidade de vida das comunidades” (PCN, 1997). É
especificamente, um contexto pertencente a um processo de desenvolvimento da
capacidade física, intelectual e moral do ser humano, que prioriza o bem estar
ambiental. Este processo é chamado de Educação Ambiental. “Por “ambiente” entende-se não apenas o entorno físico, mas também os
aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos inter-relacionados”. (RODRIGUES; RODRIGUES, 2001).
Claro que a educação ambiental por si só não
resolverá os complexos problemas ambientais planetários. No entanto ela pode
influir decisivamente para isso, quando forma cidadãos conscientes dos seus
direitos e deveres. Tendo consciência e conhecimento da problemática global e
atuando na sua comunidade, haverá uma mudança no sistema, que se não é de
resultados imediatos, visíveis, também não será sem efeitos concretos. (REIGOTA,
2004: p-12)
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