quarta-feira, 11 de julho de 2012

Algumas considerações sobre ciências naturais e ciências humanas


Para Da Matta (1987), a ciência natural é um conjunto de fatos que se repetem e tem uma constância, verdadeiramente sistemática. Isso porque podem ser vistos, isolados e também reproduzidos dentro de condições de controle num laboratório. No decorrer de sua obra, o autor explica que na ciência natural o objeto não dialoga com o pesquisador e tampouco possui a mesma natureza. Por ser objetiva, a ciência é mais sincrônica, ou seja, baseia-se no presente (no momento atual).
Na Ciência social, Da Matta afirma que são eventos com determinações complicadas que podem ocorrer nos diversos ambiente, possibilitando uma possível mudança em seu significado. A ciência social é construída nas relações existentes num dado momento, e, ainda, com a sua posição numa cadeia de eventos anteriores e posteriores, o que a torna mais diacrônica.
O autor Nagel busca evidenciar a legitimidade da história, no que diz respeito ao conhecimento cientifico. Para isso, o autor durante o texto contextualiza as conexões entre ciências naturais e historia. Nagel afirma que as duas ciências são passiveis de explicações cientificas o que inclui numerosas leis, afirmações singulares de condição iniciais entre outros processos.
Ao contrário de Hempel, Nagel é mais claro ao teorizar a história como conhecimento científico. O autor contrapõe a ideia de que paixões e julgamentos podem interferir na objetividade do elemento pesquisado. Nagel defende a impessoalidade dentro do contexto investigativo, como também, explica que a historia é seletiva no seu ponto de partida e nas suas conclusões. Nenhuma investigação ocorre num vácuo intelectual. A cultura, condição social são elementos relevantes na historia, cabe ao pesquisador não ser tendencioso em suas análises. 

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